Taxonomia e a Classificação dos seres vivos: atividade prática
Se a produção e organização de saberes constitui-se, indubitavelmente, num processo de extrema importância para o desenvolvimento humano, a visualização da aplicação prática desses conhecimentos também possui enorme importância para o progresso da humanidade e das formas com que o homem interage com o mundo ao seu redor.
Partindo do pensamento acima, realizou-se, no decorrer de uma aula de Biologia, uma atividade prática ligada à taxonomia e à sistemática de classificação dos seres vivos: toda a equipe responsável pelo presente blog (como também outros estudantes) visitou o Parque da Redenção, em Porto Alegre, no qual analisou-se características de diversos grupos pertencentes ao Reino Plantae, como também as possíveis relações evolutivas entre tais grupos. Veja, abaixo, os principais resultados de tal atividade:
Atividade Prática: análise de diferentes grupos pertencentes ao Reino Plantae e elaboração de um cladograma.
Enquanto cruzávamos os ermos campos da Redenção, deparamo-nos com nosso primeiro exemplar relevante para a atividade prática acima descrita: uma planta pertencente ao grupo das gimnospermas (do grego Gymnos: "nu" e sperma: "semente"), na qual pudemos observar as seguintes características: presença de tecidos diferenciados (como aqueles responsáveis pela formação de vasos condutores) e órgãos ou estruturas específicas; formação de uma semente "seca" (sem fruto) através de uma estrutura denominada estróbilo (ou "cone") e ausência de flor. Veja, abaixo, algumas imagens coletadas na saída de campo referentes à planta considerada:
Fotos fornecidas pela aluna Ana Seares, integrante da equipe desse blog.
Pouco tempo depois, dando prosseguimento à nossa aventura, encontramos uma planta representativa do grupo das angiospermas (do grego angeos: "bolsa" e sperma: "semente"), que, apesar de possuir uma série de características em comum com as gimnospermas (como a presença de tecidos diferenciados - incluindo-se vasos condutores - e sementes), apresenta uma série de elementos únicos (apomórficos), entre os quais optou-se por destacar a formação de uma estrutura reprodutiva denominada flor (podendo ser intencionalmente chamativa ou não), responsável tanto pela formação da semente quanto de um envoltório à mesma, o chamado fruto. Observe as imagens abaixo:
Repare na presença dos estames, pequenas estruturas responsáveis pela dispersão do pólen nas flores. Muitas flores possuem cores chamativas (além de uma mistura açucarada denominada néctar) para atrair insetos e outros agentes polinizadores. Fotos fornecidas pela aluna Ana Seares, integrante da equipe desse blog.
O terceiro grupo de vegetais com os quais nos deparamos ao longo da saída de campo foi o das briófitas (do grego bryon: "musgo" e phyton: "planta"), encontradas às margens de um pequeno lago na Redenção. Trata-se de um grupo mais antigo do reino Plantae, sem tecidos diferenciados e sementes. No caso, a ausência de vasos transportadores de fluidos faz com que as briófitas tenham uma pequena estatura, já que o transporte de substâncias nas plantas pertencentes a esse grupo é realizado de forma lenta (difusão entre células). Além disso, as briófitas (cujo ciclo reprodutivo alterna-se em fase gametófitas e esporófitas) dependem da água para se reproduzirem (o gameta masculino precisa alcançar o feminino, armazenado nos gametófitos), o que explica sua presença em locais úmidos ou próximos a fontes hidrológicas. Veja a imagem abaixo:
A ausência de tecidos diferenciados e vasos condutores, a grande dependência em relação à água e outras características permitem relacionar o grupo das briófitas às algas. Imagens fornecidas pela aluna Ana Seares, integrante da equipe do presente blog.
Por fim, ao finalizarmos nossa jornada, encontramos um espécime representativo do grupo das pteridófitas (do grego pteridon: "feto" e phyton: "planta"), entre as quais se encontram as conhecidas samambaias. Tal grupo, no caso, foi o primeiro no planeta a desenvolver vasos condutores e tecidos diferenciados, o que explica seu maior tamanho médio em relação às briófitas. Podendo se reproduzir tanto de forma sexuada quanto assexuada, as pteridófitas apresentam, em suas folhas, estruturas denominadas soros, responsáveis pela formação de esporos. Observe tais elementos (particularmente os soros) na imagem abaixo:
Imagens fornecidas pela aluna Ana Seares, integrante da equipe do presente blog.
Cladograma:
Com os conhecimentos sobre briófitas, pteridófitas, angiospermas e gimnospermas obtidos na atividade prática acima descrita, podemos elaborar um cladograma estabelecendo as possíveis relações evolutivas entre tais grupos. Abaixo, um cladograma elaborado pela nossa estimada contribuidora Ana Seares:
Referências Bibliográficas
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/pteridofitas.php
Conteúdos trabalhados em aula pelo digníssimo professor Paim.
Conteúdos trabalhados em aula pelo digníssimo professor Paim.








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